Você sabe como está a inteligência emocional da sua equipe?
Eu sou Angela Brun, fundadora da ABA Academy, Escola de Gestão e Estratégia.
Ter amplo conhecimento sobre o que faz, ser proativo, estar comprometido com prazos e demandas, possuir um alto QI são todas qualidades muito apreciadas no ambiente organizacional. Porém, será que tais qualidades bastam para construir uma carreira bem-sucedida?
Não é o que os estudos mostram: o desempenho no trabalho é muito mais valorizado quando o profissional demonstra inteligência emocional. Então, que tal saber mais a respeito?
O que é inteligência emocional
Apesar de não ter criado o termo, foi o psicólogo Daniel Goleman que o popularizou. Segundo ele, “inteligência emocional é a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.
Pensando nesse conceito, é fácil compreender por que a inteligência emocional é tão importante em uma empresa, onde a harmonia no ambiente impacta diretamente na produtividade de cada um.
E Goleman foi além, fazendo a distinção entre dois tipos de inteligência: o QI (Quociente Intelectual) e o QE (Quociente Emocional). Para ele, o QI contribui com cerca de 20% dos fatores para ter sucesso na vida, enquanto o QE fica com 80%!
O QI está relacionado à habilidade de planejar estratégias, por exemplo, enquanto o QE se vincula à capacidade de colocá-las em prática, lidando bem com as próprias emoções.
Em outras palavras, se você está empenhado em chegar ao topo, ou mesmo se só quer manter o emprego, precisa investir na sua inteligência emocional.
A inteligência emocional no ambiente corporativo
Em um mundo todo conectado, a competitividade vem ficando cada vez mais acirrada, uma vez que os players já não são necessariamente locais. Podem também ser globais. E é esse cenário que leva as empresas a acreditarem ser essencial preparar seus líderes para vencerem os desafios no ambiente corporativo.
A combinação de chefes arrogantes e/ou mal-humorados com colaboradores intimidados, desprestigiados, pode ter efeitos catastróficos na produtividade de uma empresa, com fortes impactos financeiros. E são os números que comprovam isso. Uma pesquisa entre empregadores norte-americanos mostrou que 70% das iniciativas fracassam por problemas com pessoas, ou seja, a falta da inteligência emocional gera um alto custo para as empresas.
Se antes esperava-se que um líder agisse sem admitir contestações, hoje exigisse que ele reúna competências como capacidade de escutar e administrar conflitos, além de habilidade para estabelecer estratégias e influenciar positivamente o comportamento das pessoas com quem trabalha.
Como a inteligência emocional beneficia sua equipe
Melhora o clima no ambiente de trabalho
É a inteligência emocional que permite lidar bem com os conflitos sistêmicos, intra e interpessoais, evitando o efeito “bola de neve” quando divergências acontecem. E você sabe: um ambiente em harmonia influencia diretamente na produtividade e na qualidade do trabalho, além de ajudar no relacionamento com clientes, fornecedores e todos que gravitam em torno da sua empresa.
Reduz o estresse
O ambiente saudável reduz o estresse nas empresas. Profissionais que conseguem gerenciar bem seus conflitos internos lidam melhor com as pressões e as dificuldades que toda organização enfrenta no dia a dia.
Melhora a produtividade
Quem sabe driblar o estresse e evitar que problemas pessoais interfiram no trabalho está pronto a focar no que precisa fazer, aumentar sua produção e aperfeiçoar a qualidade de suas entregas.
Melhora as decisões
Questões complexas são melhor resolvidas por quem está consciente dos seus sentimentos e os das pessoas ao seu redor. A qualidade das decisões tomadas por quem não se deixa atrapalhar pelas emoções são sempre muito melhores, porque o senso crítico fica livre de pensamentos que não lhe dizem respeito.
Forma líderes melhores
O líder eficiente usa a inteligência emocional para lidar bem com suas emoções e a de seus liderados, com resultados consistentes e positivos. Sem falar que é capaz de reter os talentos da empresa e ainda conseguir influenciar positivamente todos os seus subordinados para que cada um possa dar o melhor de si.
Capacita para o futuro
O avanço contínuo da tecnologia também exige desenvolvimento contínuo da inteligência emocional, para que os profissionais envolvidos estejam prontos a responder às demandas fazendo uso do pensamento crítico e da empatia.
Como desenvolver inteligência emocional nas organizações
Promover o autoconhecimento é o primeiro passo. Padrões inconscientes de comportamento e dificuldade para aceitar feedbacks não tão favoráveis são um grande entrave à performance do profissional.
Por sua vez, identificar o que cada um valoriza, pelo que é motivado, o que precisa ser mudado na própria opinião e na de seus pares traz a oportunidade de desenvolver competências individuais, melhorar a comunicação entre as pessoas e gerar empatia.
Na prática isso significa, por exemplo, que uma pessoa que reaja com irritabilidade não precisa se transformar no que não é para ter um bom quociente emocional. Basta que seja incentivada a compreender o que seu comportamento tem de bom e de ruim e usar isso a seu favor.
O treinamento comportamental, baseado nas competências e tendências de cada um, é outra ferramenta importante: ajuda a melhorar atitudes, trabalha habilidades e supera limitações que possam impedir o crescimento pessoal e profissional.
Como você viu, investir na inteligência emocional de sua liderança é um ótimo negócio. Pense a respeito e transforme suas reflexões em oportunidades!
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