Sua empresa tem planejamento financeiro bem definido?
O planejamento financeiro empresarial é um dos primeiros passos para concretizar sua ideia de negócio.
Afinal, não dá para sobreviver sem dinheiro em caixa, e você precisa de fôlego para alcançar seus objetivos.
Então, por onde começar? É o que vamos descobrir agora.
Um planejamento financeiro é parte do plano de negócios em uma empresa. Será esse o documento a apontar as diretrizes para que a ideia se torne rentável, estabelecendo as ferramentas de controle para garantir a saúde do caixa e o cumprimento das metas propostas para curto, médio e longo prazos.
Existem boas metodologias para fazer um planejamento financeiro e é interessante recorrer a esse tipo de suporte para a definição das ações estratégicas ou mesmo para a sua revisão, promovendo ajustes.
Você pode escolher uma metodologia ou usar uma combinação delas, como a 5W2H e suas sete perguntas que guiarão os passos (o que será feito, quando, onde, como, por quem, por qual motivo e com que custo) e a Análise SWOT, bastante útil para definir pontos fortes e fracos da sua empresa frente à concorrência.
Neste artigo, vamos propor um planejamento que parte do Ciclo PDCA, processo que consiste em quatro etapas que se repetem em uma mesma ordem, padronizando tarefas e a cada repetição aumentando a sua confiabilidade e segurança de execução. Uma das vantagens do método é que ele não é permanente, o que possibilita que seu plano esteja sob constante análise e aperfeiçoamento.
Planejamento financeiro empresarial: passo a passo
Como falamos, o Ciclo PDCA é composto de quatro etapas, identificadas a partir da sua letra inicial (em inglês):
P: Plan – planejar
D: Do – fazer
C: Check – checar
A: Action – agir
Não se engane pensando que, por estarmos falando de planejamento, a sua aplicação se limite à letra P, a primeira do ciclo. Ao observar o diagrama que marca a metodologia, já fica mais claro como todas as suas etapas são úteis para a construção da sua estratégia.
Vamos detalhar melhor essas etapas agora.
1. Propor metas e organizar as ações
O sucesso do seu planejamento estratégico, aquilo que pensou para o futuro da empresa, exige resultados positivos no caixa. Mas como alcançá-los? A implantação de meios de controle financeiro – ou a qualificação deles – é decisiva.
Se você pouco ou nada faz, pode começar pelo básico, parando definitivamente de misturar qualquer dinheiro pessoal com o que é do negócio. Mas não fique nisso: adote uma planilha de controle de receitas e despesas e estabeleça prazos para substituí-la por algo mais profissional e fácil de manusear, como um sistema de gestão online.
Como empreendedor, você precisa inserir determinadas tarefas na sua rotina, como realizar o fluxo de caixa, conciliação bancária, pagar contas, verificar recebimentos e gerar relatórios.
Quando adquirir maior controle sobre as finanças, poderá ter uma visão mais apurada da realidade do caixa, projetar seu comportamento futuro e propor metas, como o que fazer com o dinheiro que irá sobrar.
Quanto mais detalhado for o seu planejamento, mais preparado o gestor estará para lidar bem com os cenários que irão surgir, correndo riscos calculados, antecipando-se a imprevistos e evitando ser pego desprevenido, o que complicaria a realização dos objetivos propostos.
Para deixar mais claro, vale citar exemplos de possíveis metas:
- Encerrar o ano no azul.
- Conseguir pagar as contas em dia.
- Aumentar o faturamento em 20%.
- Dobrar o número de clientes ativos.
- Reduzir custo fixo em 10%.
- Abrir uma filial em outra cidade.
- Lançar um novo produto no mercado.
- Elevar a participação no mercado em 15%.
- Quitar empréstimos e não contratar novos.
2. Colocando sua estratégia em prática
Nem sempre a gestão financeira é um caminho fácil, especialmente para quem está dando os primeiros passos e cuja habilidade se restringe ao operacional. É por isso que a etapa de execução do planejamento começa pelo treinamento e qualificação.
Se você tiver uma equipe, deve envolvê-la no projeto e não abraçar tudo sozinho, pois há ações que dependem de todos. O controle de estoque, por exemplo, precisa obrigatoriamente conversar com a área de vendas, para que nenhuma falha alcance o cliente.
Conforme as melhorias forem implantadas aos processos internos, é essencial que o gestor observe como as ações e as pessoas responsáveis por elas se comportam. Faça apontamentos que posteriormente serão importantes para realizar ajustes na estratégia.
Você planejou ter lucro no mês, faturou bem, mas gastou mais que o previsto? Esse tipo de situação vai se repetir até que seus controles estejam muito bem ajustados, próximos da perfeição. É por isso que precisa registrar o fato, para que possa refletir sobre ele e enfrentá-lo na causa, o que é uma característica marcante do Ciclo PDCA.
3. Avaliar para qualificar
É aqui que o gestor irá definir se mantém ou corrige o que foi planejado. A ordem no PDCA é não aguardar o encerramento da etapa anterior, mas começar a análise assim que os primeiros resultados práticos do seu planejamento financeiro apareçam, comparando entre o que foi previsto e o que foi realizado.
No exemplo que apresentamos antes, a previsão de lucro se transformou em prejuízo. Onde você pode ter errado? Perceba que encontrar a falha é imprescindível para contornar o problema.
Será que os prazos de recebimentos dos seus clientes não estão muito distantes da data em que você paga os fornecedores? Se isso acontece e nada for modificado, sua meta de crescer 20% no ano ou de aumentar em 15% a sua participação no mercado vai acabar se tornando inviável.
Olhe para tudo o que foi feito até aqui em seu planejamento financeiro. Os resultados estão dentro do esperado? O que deve demanda continuidade, o que está levando mais tempo que o previsto e o que está totalmente equivocado? Aqui, você encontra as respostas e no próximo passo as ações.
4. Aplicar as modificações
No que o “agir” do PDCA se diferencia do “fazer”? É nessa etapa que seu roteiro será aperfeiçoado, descobrindo efetivamente como fazer um planejamento financeiro de uma empresa para crescer de verdade.
Você estabeleceu conquistar novos clientes e aumentar o faturamento: como tem se saído? Quais modificações seu plano precisa para se tornar mais eficaz?
Alguns ajustes podem ser preventivos, tendo como objetivo evitar algum erro que possa comprometer a execução. Um bom exemplo é quando o gestor altera o preço de venda ligeiramente para cima, pois vinha elevando o faturamento, mas a margem de lucro caía perigosamente.
Também é possível promover mudanças corretivas, reparando falhas que já afetam os resultados. É o que acontece, por exemplo, quando sua estratégia para atrair novos clientes não vem dando resultado ou quando você se propõe a pagar as contas em dia, mas ainda arca com juros e multas.
O exercício contínuo do Ciclo PDCA para o planejamento financeiro permite que, a cada nova etapa desenvolvida, menos erros o empreendedor cometa e mais próximo das metas ele fique.
Gostou do nosso momento?
Comente aqui se esse conteúdo lhe ajudou a fazer o seu planejamento financeiro empresarial ou se pretende saber mais sobre esse assunto, me conte alguma situação para poder te ajudar.
Ouça este conteúdo no Spotify
Confira no youtube: